Engraçado como
a vida é. Por anos a fio eu me dediquei à arte e fazer parte desta comunidade a
mim sempre foi intrínseco, pois aprendi o que pude em relação à prática chamada
Artesanato ou manualidades, bem como a escrita e a representação. Tudo isso foi
a mim apresentado muito cedo, haja vista venho de uma época rica no que tange estes
quesitos.
Hoje, não
obstante, continuo de forma a receber todas essas práticas com certificação,
embora já tenha muitos, nunca me é suficiente, adoro aprender novas técnicas e
pô-las em prática é a melhor parte. Vejo, portanto o desmembramento das artes
em revistas e ou em cursos, eu as conheci em combo, não havia distinção de uma
para outra no sentido de ensinamento. O que quero dizer é que, as revistas
principalmente datadas dos anos 70 e 80 vinham com um apanhado muito rico nos
termos descritos, o que dá a esses periódicos uma riqueza incomparável. Assim
como em outras áreas de ensinamentos aconteceram as mesmas mudanças.
Os meus
filhos, dando continuidade e perpetuando a espécie, voltaram-se igualmente à
essa modelagem artística. Cada um em sua área encontrou o caminho da
intersecção.
Eu tenho
algumas dessas revistas posso dizê-las relíquias e sempre digo aos meus filhos,
embora a gama de conhecimento nesta área apresentada em massa na mídia seja até
gratuita, tenho estas como raras e que eles não se desfaçam até que veja não
haver para eles, serventia, do contrário poderão extrair conhecimentos das
mesmas.
Este é o
diferencial de como vemos a arte e a ela conferimos valor.
No teatro
assim como no cinema, muitos desses conhecimentos são sumariamente importantes,
pois se apresentam o grande o vistoso nos palcos e nas telas, mas nos
bastidores há a necessidades dos pequenos toques, dos costureiros, das
bordadeiras, os fazedores de calçados, os maquiadores e os amigos que estão
sempre dispostos a empurrar os artistas à sua missão.
Não ignore a
arte nem tampouco a substitua, ela é a mola que envolve o humano e os remete à
ancestralidade.
Ao bordar um
pedaço de tecido, a pessoa entra literalmente em seu interior, buscando dentro
de si toda a forma de ser.
É mágico ser
um artista, é gratificante igualmente.
Nas telas
apresentam-se filmes que remotamente enfeitavam as prateleiras das locadoras e
antes disso as paredes de casa com seus slides, as estórias continuam
encantando as criaturas, hoje com menos de trinta anos, aí eu pergunto, qual é
a magia? O que tem nestas estórias para que façam inúmeras montagens e não as
deixemos morrer? Qual é a fórmula do encantamento? Talvez ela seja tão complexa
que dispense definições.
Nos palcos com
a proximidade das pessoas a interação é muito mais calorosa, o rigor em fazer o
espetáculo é maior, pois o espetáculo tem que ser bem apresentado. As pessoas
desta arena são muito mais exigentes e críticas, sem o menosprezo das outras, é
que fazer teatro requer um nível de adrenalina bem mais afiado, não esqueçamos
do estudo, este deve ser constante. E lá se vão as representações da vida real,
as adaptações daqueles que estão nos livros e nas telas do cinema.
Eu pergunto,
porque tudo isso? Não bastaria apenas a leitura dos livros? Não bastariam
apenas ouvir de outros o conto usando ênfases e gestos a nos encantar? Por que
temos a necessidade em repetir e repetir as coisas? Isso também é arte. Estamos
envoltos a essa atmosfera de encantamento e o que fazemos, fazemos para o
outro, a fim de agradá-lo, pois somos comunidade, humanidade.
Se você possui
alguma vontade ou habilidade e disponibilidade, faça cursos, de qualquer coisa
na área, prove a você mesmo que pode realizar. Não há obstáculos, o que há é determinação.
Busque em você o outro, aquele que se despe de si mesmo e se entrega a esses
momentos únicos,
Faça arte!
Por: Ana Costa
Imagem extraída do Pixabay.
Indicação de filme:
0 comentários:
Postar um comentário